A produtora Global Live Events, que organiza um grande show em homenagem a Michael Jackson, informou nesta terça-feira que a banda Kiss foi excluída da programação pelo fato de o vocalista Gene Simmons ter chamado o cantor de pedófilo, informou o site "TMZ".
Simmons afirmou em 2010 que não tinha dúvidas de que Michael havia "abusado de crianças" e declarou que as "únicas referências sexuais feitas sobre Michael Jackson" eram relacionadas a "crianças, e especificamente, meninos de entre 10 e 14 anos, nunca mulheres dessa idade ou maiores e nunca homens adultos".
A Global Live Events havia anunciado na segunda-feira que o Kiss se apresentaria no megashow de 4 horas em tributo a cantor morto em 25 de junho de 2009 previsto para o dia 8 de outubro em Cardiff, no Reino Unido, ao lado de Christina Aguilera, Leona Lewis, Smokey Robinson, Cee Lo Green e Craig David, entre outros.
A notícia gerou mal-estar entre os admiradores de Michael, assim como entre os representantes legais do artista, que enviaram uma carta de protesto aos organizadores.
Assim, a produtora respondeu nesta terça-feira às críticas eliminando a banda da programação.
"Escutamos os admiradores de Michael e estamos agradecidos por terem nos alertado sobre esses infelizes comentários de Gene Simmons. Nestas circunstâncias não temos outra opção além de rescindir nosso convite ao Kiss para se apresentar em nosso espetáculo, embora Michael admirasse a banda", declarou a organização.
A ideia da homenagem a Michael Jackson em outubro não agradou dois dos irmãos do cantor, Jermaine e Randy, que expressaram publicamente seu descontentamento pelo fato de o tributo coincidir com o julgamento contra Conrad Murray pela morte do artista.
A opinião foi compartilhada pelo fã-clube de Michael Jackson, que considerou a realização do show "inadequada", visto que a atenção deveria estar focada na "justiça".
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